terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Brasil x Argentina que me interessa


Em algum momento ser brasileiro passou a ser definido pelo ódio à Argentina. Querer ganhar dos vizinhos no futebol passou a ser um traço essencial da nossa nacionalidade. Me dou mal nessa: não apenas não dou a mínima para isso como vou sempre à Argentina e tenho otimos amigos nesse país.
Mas ao contrário do que pode parecer, odeio perder para a Argentina. Odeio ser goleado por eles. E o pior é que tomamos sovas absurdas deles todo santo dia:
- IDH: eles são os 45o do mundo, e nós somos os 78o.
- 13,4 por mil crianças argentinas morrem antes do primeiro ano de vida, contra 19,3 das nossas.
- 97,6% dos argentinos sabem ler e escrever, contra 90,4% dos brasileiros.
- A expectativa de vida de um argentino é 75,3 anos, contra 73,5 dos brazucas.
- Nosso PIB per capita é 11.3oo dólares, contra 14.332 deles.
- Lá todas as pessoas tem os mesmos direitos em relação ao casamento e adoção. Aqui os gays não existem para esses assuntos.
Gosta de odiar a Argentina? Acha que ser brasileiro é odiar o país vizinho? Tá. Então odeie perder para eles nesses quesitos. Uma derrota no futebol é ruim mas dá pra aguentar. Mas essa goleada nos indices sociais deveria fazer quem odeia a Argentina querer vomitar. Mas não: a derrota que faz eles se importarem é só a futebolística mesmo. Que nosso povo morra. A vitória no futebol é o que importa a essa gente. Bela definição de patriotismo.

2 comentários:

  1. clap, clap, clap, clap...

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  2. Isso para não falar dos cinco Nobels que eles têm, dos três Oscars (bom, vamos ganhar um com Tropa 2, ou nunca mais assisto um filminho sequer na vida).

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