quinta-feira, 26 de julho de 2012

O que São Paulo tem a nos ensinar

Olho o cenário das eleições paulistanas e choro. Serra, o grande favorito, representa um PSDB que não sabe o que dizer aos eleitores além de "FHC!". Haddad representa um PT que desistiu de ter qualquer ideologia e virou um partido que tem dono (Lula, claro). Soninha é o nome que representa a ideia "finjo que sou diferente para fazer tudo igual os piores". Chalita é a prova provada de que "intelectual" no Brasil virou sinonimo de "debil mental". Russomano representa aquela direita que não acredita na democracia.
Isso tudo não seria ruim se fosse apenas uma doença paulistana. Mas não é. Em todo o Brasil o que vemos é essa mesmíssima coisa.
Veja: as eleições para prefeito não têm relevância nacional. São Paulo elegeu Celso Pitta e o Rio Luiz Paulo Conde apenas por terem sido apoiados por Maluf e Cesar Maia. Ambos perderam as eleições para governador em 1998, mostrando que o cenário municipal sequer tem o poder de influenciar o estadual.
Mas infelizmente as eleições municipais tem sim sua importância. As cidades brasileiras têm problemas evidentes. Morremos de medo de ser assaltados, nossos carros não andam e qualquer chuva inunda nossas ruas. Não são problemas pequenos.
Tudo isso só poderia ser resolvido com administradores que tivessem projetos estruturais para mudar nossas cidades. Mas infelizmente não há sequer um com essa proposta. Nossos candidatos sequer tangenciam esses, que são os grandes problemas que temos. Sendo assim se prepare: vêm por aí mais quatro anos de engarrafamentos, trânsito insano, violência e inundações. E a culpa disso é nossa. Afinal, quem de nós espera um governante que resolva isso? Qual brasileiro pensa nessas coisas na hora de escolher seus candidatos?

2 comentários:

  1. São Paulo é um caso a parte na política... Acho engraçado que o PSDB realmente acredite que quem ganha em SP tem peso político no resto do país.

    Cara, retornei com meu blog:

    ofimdahistoria.wordpress.com

    De uma olhada e veja o que acha. Contribua descendo o cacete, ou elogiando se for o caso. Mas ajude esse cara aqui a pensar. Abraços e fique bem!

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  2. Acho engraçado você usar o exemplo dos candidatos que arremataram as prefeituras de Sampa e Rio, por indicação dos então atuais prefeitos. Diminuindo a questão por se tratar de uma eleição municipal. Acho que isso nem é grandes coisas... Mas você esqueceu de mencionar que nossa atual presidenta, Senhora Dilma Roussef, saiu do nada, digamos assim, e como fora indicada pelo Luizinho, tb arrematou a presidência do Brasil. Me admirou muito, Lula, que teve que enfrentar nada menos que quatro eleições para ser enfim eleito presidente, e depois fazer uma pessoa que até hoje não sabemos quem é, chegar a presidência, assim, sem mais nem menos. Nunca concordei com isso, jamais votaria em candidato fake como ela. Acho que o sujeito pra disputar uma eleição, precisa ser no mínimo um sujeito histórico. E, um sujeito que atuou apenas em época de ditadura, pra mim não quer dizer grandes coisas, pois se tratava de uma classe média (que nessa época era realmente uma classe de poderes aquisitivos)que fora privada de seus privilégios, reivindicarem-os de volta. Pois, até onde eu sei, pesquisei e já li, não havia classe pobre ou paupérrima nessa luta contra a ditadura. muito pelo contrário, até onde sei, essas pessoas com todo pouco que ganhavam estavam empregadas e não podemos negar que a maioria dos conjuntos habitacionais existentes no país, a grande maioria fora construído nos governos ditos ditatoriais...

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